- Lorde Lutos, um visitante que veio do outro lado do mundo para ter contigo - disse Sermyn Tyrell com um sorriso, enquanto abria a porta para Dimas entrar no quarto escuro.
Um homem com cenho fechado, uma cabeleira negra e uma barba vasta soergueu os olhos profundamente verdes e fitou seu visitante, enquanto bebericava em uma bela taça dourada. Sem dar sinais de se preocupar com o conforto de Dimas, se voltou para seu guarda.
- Este não é um dos meus espiões, Tyrell. Não precisa ficar na porta ouvindo nossa conversa - disse carrancudo, fitando o cavaleiro que fechava a cara com o insulto.
- Os Targaryen são bons, traidor, mas eu não. Tome tendo na sua língua - respondeu o homem, enquanto batia a porta atrás de Dimas.
- E você, homem? O que quer... - parou abruptamente Lutos, olhando demoradamente para o rosto de Dimas - Você não é um bravosiano, é um dragão! - respondeu por fim, se levantando de sua mesa, com as duas mãos apoiadas no tampo de madeira.
- Quem é você? - perguntou finalmente, olhando diretamente para os olhos de Dimas.
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Andrew Snow
Com cuidado, Andrew fechou a porta, trazendo um leve rangido, mas nada que acordasse o casal. Pé ante pé, ele seguiu até o dossel e, com a afiada adaga, abriu uma fresta perfeita, que possibilitava uma visão privilegiada do casal.
O cheiro de vinho e sexo invadiu as narinas de Andrew, dando a ele uma perspectiva do que acontecera a pouco.
Silencioso como um gato, o bastardo levou a mão a boca carnuda da mulher, calando-a antes de rasgar sua garganta de orelha a orelha. Ela arregalou os olhos segundos antes de fechá-los novamente, desta vez para sempre. O sangue começou a correr, encharcando os lençóis de seda brancos.
Andrew se aproximou de Esezos com cuidado, para dar fim a sua missão. Quando se dispôs atrás do filho do mercador, algo o fez despertar repentinamente. Talvez o cheiro de sangue, talvez o excesso de vinho fez a natureza chamar. Esezos olhou para sua mulher e começou a esboçar sua reação desesperada, mas Andrew foi mais rápido.
Se aproximando rápido e com um golpe descendente, a faca correu fácil pela carne do peito na direção do coração. Esezos se debateu em resistência, mas os fortes braços do bastardo o impediram de fazer algo mais. Por fim, Esezos deu uma última sacodidela, tombando morto.
- Feito - pensou Andrew - Agora tenho que dar o fora daqui.
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Andarion Greyjoy
- Não existe cura para a Morte Cinzenta, homem - disse o Meistre com uma risadela - O jeito é manter afastado o doente, de preferência a distância de um virote de besta. Mas me diga: porque a pergunta?
Andarion olhou nervoso para o homem, não gostando daquela resposta. Seu barco levaria alguns dias mais para ser consertado e ele não queria estar na cidade. Algo o incomodava desde a hora em que aportou e a descoberta da nau amaldiçoada não ajudou em nada.
Dando as costas a Armand, saiu na direção da porta.
- Espere! E minha seda? - perguntou o Meistre, achando-se merecedor de algo pela sua informação.
Andarion olhou sério para o homem, fazendo com que ele se encolhesse de medo. Batendo a porta forte, desceu as escadas e saiu da construção.
Os problemas ainda não tinham acabado. O jovem aprendiz, assustado com a aparição do homem de ferro, correu em busca de soldados da cidade.
Andarion viu o rapaz voltando para a torre, trazendo com ele três dos soldados Hightower na sua cola.
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Thomas Homeless
- Três fogueiras - contou Thomas de cima da casa, enquanto olhava para o porto. Já era o terceiro navio incendiado e com certeza as coisas ficariam ainda piores aquela noite.
Os soldados dos Hightower mosqueavam por toda parte com suas lanças e bestas prontas para furar alguém. A vista de sobre o torreão de pedra era muito boa, mas a chuva forte castigava o corpo do rapaz. Mas mesmo assim era mais seguro ficar ali em cima.
- As coisas não vão ficar boas - pensou Thomas, já pensando em uma forma de sumir dali. Tinha alguns cobres e duas pratas que poderiam levá-lo até a cidade mais próxima, mas a perspectiva de abandonar tudo o que conhecia desanimava o rapaz.
O trotar de um grupo de cavalos chamou sua atenção. Correndo para ver o que acontecia, viu um grupo de dez cavaleiros seguindo na direção do porto, todos com lanças em riste. Algo iria acontecer por lá e ele queria saber o quê.
Com um salto preciso, Thomas se jogou do topo da torre até o telhado mais próximo. Sobre as telhas molhadas, os pés ágeis do jovem o levaram rapidamente até próximo ao porto, pouco depois dos cavaleiros. Lá de cima, ouviu o líder deles, um homem muito grande com uma armadura esmaltada de branco e uma grande espada gritar para a multidão.
- Lorde Quenton Hightower ordenou que todos os marinheiros deverão retornar a seus navios até segunda ordem. Quem desobedecer será morto imediatamente.
Alguns gritos revoltosos foram ouvidos, mas assim que os cavaleiros baixaram as lanças, os marinheiros que ali estavam correram para a proteção de seus navios. Mercadores e moradores da cidade se isolaram em um grupo, aguardando a permissão dos cavaleiros para seguir para suas casas.
Thomas observava aquilo pensativo, imaginando até onde aquela loucura iria seguir. Por fim, se levantou e voltou a pular de telhado em telhado, enquanto decidia o que iria fazer.
Última edição por Jefferson Pimentel em Dom maio 06, 2012 10:10 am, editado 1 vez(es)
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